Sob o manto da noite escura e fria,
Uma filmadora espreita com magia,
Panasonic fiel, olhar vigilante,
Na caça à cena, na igreja elegante.
Seus olhos noturnos, lentes aguçadas,
Capturam segredos em sombras aladas,
Na mata, na prece, momentos distintos,
Registrando instantes, eternos e distintos.
Para a caça que não é de presa viva,
Mas de histórias que a alma cativa,
A filmadora espera, paciente e calma,
Na igreja, na noite, onde a luz se embalsama.
Dos corredores sombrios às janelas altas,
Seu visor perscruta cenas exaltas,
Nas vozes que ecoam pelos bancos gastos,
Nas preces sussurradas, nos gestos, nos encantos.
E assim, Panasonic, silenciosa e astuta,
Na noite da caça, na igreja, labuta,
Tece um poema visual, arte noturna,
Capturando a alma da vida, taciturna.
Que essência há na noite, na fé, na jornada,
Na busca por momentos que a memória guarda,
Filmadora noturna, és testemunha viva,
Na caça da essência, na igreja altiva.